quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Com dança e brincadeira, crianças aprendem sobre sexualidade na Praça do Conhecimento





Guiada pela inquietação dos que leem, aspiram e inspiram conhecimento, Maceió sorri. A VI Bienal Internacional do Livro mostra a face de um povo sedento por cultura, ávido por novas letras, um dengoso acariciado por novos vieses.
A querida Praça do Conhecimento – querida, aqui, justamente, pelo carinho demasiado que é fatidicamente esbanjado por quem a frequenta – é, sobretudo, um polo de diversão saudável. A união clara entre o entretenimento inocente das crianças e o atiçamento construtivo das suas curiosidades.


De forma notável, eis que se apresenta nesta quinta-feira (31) na Praça, o Núcleo de Estudos em Diversidade Sexual (Nudise), da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed). A equipe foi surpreendida pela grande quantidade de crianças presentes na Praça do Conhecimento, e durante toda essa quinta, vem trabalhando com apresentações baseadas em músicas de forma a pluralizar o acesso das crianças presentes à animação e informação proporcionada.
Danças e brincadeiras com o corpo, mostrando os cuidados necessários para com ele, também foram parte do repertório e foram muito bem recebidas. Ao contrário dos adultos, as crianças não tiveram dificuldade alguma para entrar na brincadeira, esbanjando sorrisos, descontração e sensação de quero-mais.
Ana Regina Moura, coordenadora do núcleo, informa que o Nudise veio para preencher uma lacuna na formação do corpo docente nas escolas. “Ainda há muitos tabus acerca da sexualidade infantil, principalmente diante da nossa cultura que é machista, repressora, que ainda permeia essa situação. Para se mudar essa visão, precisamos fazer esse trabalho, para que haja uma educação sexual: crítica, emancipatória. Aos poucos conseguiremos”, revela Regina.

NUDISE

Criado inicialmente para trabalhar com as questões da homofobia, o Núcleo de Estudos em Diversidade Sexual foi ampliado e, hoje, trabalha também com as questões da sexualidade infanto-juvenil, abrangendo a sexualidade como um todo a ser respeitado e debatido, não como um tabu. Além das ações desenvolvidas na Bienal, o Núcleo realiza visitas e agendamentos para atuação nas escolas da Rede.

Texto de  Sandro Regueira (estagiário) e fotos de Mauro Fabiani – Ascom Semed

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