sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Estagiários da Educação Especial relatam suas experiências



O ensino da Educação Especial e a inclusão de alunos com deficiência são temas de grandes debates da nossa atualidade. A rede Municipal de Educação de Maceió vem trabalhando para garantir, cada vez mais, tais direitos com qualidade para pessoas com deficiência. Entre as ações estão as formações continuadas para professores e auxiliares de sala, que são organizadas pelo Departamento de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Na manhã desta sexta-feira (23), os auxiliares de sala da Semed, efetivos e estagiários, tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos e ouvir os relatos de experiências exitosas dos auxiliares de sala da Escola Municipal Rui Palmeira. Islane França e João França são graduandos em Letras e atualmente desenvolvem trabalhos com dois alunos com deficiência na unidade.
“Alguns estagiários se destacam nas atividades desenvolvidas na escola e realmente fazem a diferença na vida dos alunos com deficiência, então, convidamos essas pessoas para apresentar suas experiências vividas em sala. A Islane e o João, mostraram  outro lado dessa atividade, que o auxiliar de sala da Educação Especial não está lá para apenas acompanhar o aluno, mas também desenvolver sua independência, suas habilidades e tentar dar o máximo de autonomia aos alunos”, explica a técnica do Departamento de Educação Especial da Semed, Daniella Lins.
Islane França acompanha uma aluna com paralisia cerebral. “Nós temos que enxergar o aluno para além da deficiência. Temos que motivá-los, identificar e exaltar suas potencialidades, dar autonomia para que eles possam se desenvolver cada vez mais e prepará-los para a vida”, destacou durante sua apresentação.
Em seu relato, João França contou que ao chegar na unidade de ensino ficou assustado com as limitações e, sobretudo, com a superproteção dada ao aluno que tem microcefalia. Aos poucos ele conseguiu se aproximar do aluno e fazer com ele desenvolvesse outras atividades que pudessem estimular o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo. “Procurei várias atividades, principalmente na internet, e técnicas de ensino e aprendizagem que me ajudassem a trabalhar com ele e ajudá-lo a conseguir sua autonomia”, ressaltou.
O benefício é mútuo, como explica Daniella Lins. “Os estagiários têm grande importância na vida de cada um desses alunos, mas também a vida deles próprios é modificada a partir desse contato. Eles estão aprendendo na prática o que é conviver com alunos com deficiência em sala de aula e desenvolvendo seu potencial como profissionais ao mesmo tempo em que estão aprendendo a teoria na faculdade”, finaliza.

Amanda Bezerra (estagiária) / Ascom Semed

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