Foto: Ascom Semed |
Profissionais da educação pública de Maceió reuniram-se na tarde desta segunda-feira (5), no Hotel Jatiúca, para participar do Seminário “Avaliação Educacional na Rede Municipal de Maceió: desafios e perspectivas”. O encontro foi promovido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio do Setor de Avaliação Educacional da Rede (Save), em cooperação com o Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (Pnud) e Ufal.
Para a secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, o processo educacional baseia-se em três grandes pilares: planejar, construir e avaliar. Ainda segundo a titular da pasta, no sistema avaliativo é preciso respeitar as características individuais de cada unidade de ensino e comunidade.
“Um dos nossos grandes desafios é manter o aluno dentro da sala de aula. Por isso, a avaliação deve servir para incentivar o aluno, não como punição, além de nortear nossas ações e provocar melhorias”, salientou a secretária.
Foto: Ascom Semed |
A proposta dos organizadores foi discutir acerca da importância da análise dos dados gerados pelas escolas com o escopo da utilização desses resultados no planejamento de ações, assim como obter feedback do trabalho desempenhado pelos educadores, como conta a responsável pelo Save, Eliane Teodoro.
“A partir das avaliações interna e externa e principalmente da autoavaliação, a unidade escolar deverá fazer uso dos dados coletados acompanhando e monitorando suas ações e práticas, visando melhorar seus resultados”, reforçou Eliane.
Para enriquecer o diálogo com os educadores, foram promovidas palestras com profissionais convidados. O professor lusitano Doutor Paulo Marinho encabeçou uma discussão sobre um velho dilema antagônico da educação: a intencionalidade da avaliação, classificar ou aprender?
Marinho evidenciou a possibilidade e necessidade de superar modelos e paradigmas de avaliação, seja ela classificatória ou formativa, e estabelecer uma troca ativa e sempre constante no intuito de desconstruir barreiras e encontrar um ponto de equilíbrio.
A programação contou, ainda, com a presença da compatriota de Marinho, a também professora Doutora Carlinda Leite, que defendeu que o processo avaliativo fornece elementos para novas reflexões que são geradoras de mecanismos de evolução na qualidade do ensino.
Dito isso, a ideia defendida pela Doutora Carlinda faz uma ruptura com o conceito de avaliação como sinônimo de classificação: “Os processos de avaliação e autoavaliação representam melhorias quando os professores se envolvem e experimentam conhecer os pontos positivos e negativos, a fim de traçar um plano de intervenções educacionais”, afirmou Carlinda.
Na ocasião, foram lançadas as diretrizes da avaliação da/para aprendizagem e a segunda edição do Avalia Maceió.
Thiago Guimarães (estagiário) / Ascom Semed
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