quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Semed discute ensino do cooperativismo nas escolas

Fotos Adriana Cirqueira


O ensino do cooperativismo pode se tornar uma realidade nas escolas da rede municipal. O assunto foi discutido com o secretário Municipal de Educação, Thomaz Beltrão e técnicas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). A iniciativa do encontro partiu da vereadora Fátima Santiago (PP) que integra a Frente Parlamentar do Cooperativismo. Ela acredita que por meio de cooperativas a realidade social dos envolvidos pode se transformar.


A exposição da proposta foi feita pela superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Alagoas, Márcia Túlia Pessôa. Ela considerou o interesse da Semed um passo importante para mudar a realidade de alunos e pais. "O trabalho com pais pode ser uma forma de inserí-los no mercado de trabalho". observou Márcia.




O secretário Thomaz Beltrão aprovou a idéia e determinou a criação de um grupo de trabalho para avançar a discussão. O primeiro passo será a articulação de um novo encontro com coordenadores dos programas existentes na Semed para que possam adequar o conteúdo em programas como o Mais Educação, Escola Aberta, Brasil Alfabetizado e Educação de Jovens e Adultos.


"Essa inicitiva é importante porque já temos um trabalho com estudantes nas comunidades por meio do Escola Aberta, que envolve a formação profissional nos finais de semana. A meta agora é ampliá-lo para outros programas que já temos em nossa estrutura", destacou o secretário.

Para a efetivação do ensino em sala será necessário o cumprimento de algumas etapas. A primeira será um amplo debate na Câmara de Vereadores - com a convocação de uma sessão pública- após o retorno das atividades parlamentares, em fevereiro. Em seguida o tema segue para o Conselho Municipal de Educação onde será aprimorado. "Até lá estaremos elaborando uma minuta com o detalhamento de como isso pode ser encaminhado", acrescentou a vereadora Fátima Santiago.

A coordenadora de Programas Especiais da Semed, Regina Bispo, apoiou a iniciativa porque nas atividades que já estão sendo desenvolvidas há uma sensibilização das comunidades sobre a necessidade de se organizarem. Ela lembrou que o Escola Aberta acontece em 16 escolas da periferia da capital. Nelas, por meio de oficinas e palestras, os envolvidos reconhecem a importância do aprendizado de ofícios como forma de garantir renda.

A futura implantação do ensino do cooperativismo é algo pioneiro. Por conta disso o primeiro momento será o da formação de professores. Serão eles quem começarão a incluir, de modo gradual, em sala de aula as noções e os passos que envolvem a organização da produção coletiva.

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