Maceió será polo de formação em Educação Especial

A Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), iniciou nesta segunda-feira (5) o Curso de Formação de Educadores para os professores de sala de recursos e pessoas envolvidas com Educação Especial, no Hotel Ponta Verde. A formação tem o objetivo de formar multiplicadores no atendimento aos alunos da educação especial e segue até dia 23.

Para a secretária de Educação, Ana Dayse Dorea, Maceió é uma cidade inclusiva. “Desde que assumimos o compromisso com a Educação de Maceió, estamos oportunizando o acesso dos estudantes com alguma necessidade especial. Os números de alunos matriculas são crescentes e isso é positivo, pois a rede pública municipal tem dado a resposta que precisa, ou seja, recebido e prestado atendimento especializado”.

Ainda segundo Ana Dayse, quando estimulados, os estudantes se superam. “Quando é dada a oportunidade, os especiais apresentam seu potencial. Percebendo isso, estamos construindo as diretrizes da educação especial, mas em breve será tratada como educação inclusiva”.

De acordo com a diretora do Departamento de Educação Especial da Semed, Neusa Scortegagna de Almeida, Maceió se destaca como município polo nesta articulação com o MEC, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). “O curso, decorrente do convênio com o Ministério, acontecerá em duas etapas e beneficiará 35 municípios. Queremos envolver não só as escolas e profissionais, mas os segmentos da sociedade para garantir o acesso e a permanência de crianças, jovens e adultos nas salas comuns de ensino regular”.

Para a diretora geral de Ensino da Semed,Soninha Moraes,  a formação visa dar continuidade à política de educação municipal, que já estabelece a inclusão e permanência de estudantes especiais. “Somos movidos por desafios e vamos fazer com que possamos, de fato, fazer com que as crianças que precisam do serviço público o tenham e com muita qualidade”.

A diretora de gerenciamento da Semed, Maria José Pereira, destaca o interesse pioneiro da secretária Ana Dayse pelo desenvolvimento da educação inclusiva. “Ainda enquanto reitora da Ufal, antecipou-se e trouxe a primeira especialização em educação especial. Neste momento, esta formação é uma oportunidade para que todos possam perceber a importância de acolher as crianças portadoras de deficiência. Isso é uma corrente positiva e tudo será multiplicado”.

Maceió, capital da inclusão

Acompanhando a tendência nacional, o número de estudantes de educação especial matriculados em salas comuns tem aumentado ano a ano. Em 2000, foram registradas 33 matrículas de alunos com deficiência na rede municipal de Maceió, de acordo com o censo educacional Dez anos mais tarde, eram 1.016 alunos matriculados na educação infantil (creche e pré-escola) e no ensino fundamental. Em 2014, a rede de ensino municipal de Maceió já contava com 2.168 crianças, adolescentes e adultos com algum tipo de deficiência.

Paralelamente ao aumento das matrículas, a rede municipal de Maceió ampliou sua infraestrutura, em consonância com as determinações legais e as políticas educacionais em vigor no país. Em 2015, registrou mais de 3.200 estudantes especiais, dentro das 135 unidades escolares, das quais 73 (54% do total) possuem sala de recursos e 80 professores especialistas que realizam o atendimento educacional especializado.

Desde março deste ano, a Semed mantém convênio com quatro instituições de apoio a estudantes com necessidades especiais de Maceió. O convênio é resultado da articulação da gestão municipal em atender a crescente demanda de alunos especiais matriculados na rede municipal de ensino.
Com a assinatura do convênio, Maceió disponibiliza até 460 estudantes especiais jornada ampliada com Atendimento Educacional Especializado (AEE) e atendimento diurno na modalidade Educação de Jovem e Adultos (EJA).

“O atendimento aos alunos especiais de Maceió é feito por meio da ampliação da jornada escolar, ou seja, além de estar frequentando uma sala regular em uma das nossas escolas, no contraturno, o estudante também recebe atendimento especializado em uma das instituições conveniadas de acordo com sua necessidade”, reforçou a secretária de Educação, Ana Dayse.

As instituições conveniadas são a Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (Aappe), que pode atender até 120 estudantes, Pestalozzi (220), Fundação Casa do Especial (Funcae) e Família Down (Famdown), que podem atender até 60 estudantes cada uma.

Adriana Thiara e João Oliveira – Ascom Semed