quarta-feira, 22 de junho de 2011

Seminário debate a homofobia no Estado de Alagoas

Foto: Natalhinha Marinho

Com a participação do secretário adjunto de educação municipal, Marcelo Nascimento, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou o Seminário Gênero, Sexualidade e Cidadania que debateu a questão da homofobia no Estado de Alagoas. O evento que reuniu pesquisadores de diferentes universidades brasileiras, ativistas do movimento LGBT e gestores públicos aconteceu, aconteceu, no auditório do Centro de Ciências da Saúde.


A escolha da homofobia como eixo de organização do seminário surgiu da necessidade em consolidar o debate no estado de Alagoas pela construção de um diálogo entre as ciências sociais e humanas, educação, direito e saúde; considerando a recente regulamentação federal do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Na oportunidade os palestrantes contribuíram para colocar em questão diferentes experiências de pesquisa social e de construção de políticas públicas de combate a homofobia no país.

Marcelo Nascimento, que participou da mesa redonda cujo tema abordou “Políticas de combate à homofobia: articulando respostas governamentais e experiência do movimento social em Alagoas” destacou que a iniciativa em promover esse tipo de debate reflete a preocupação da academia com a discussão dos direitos humanos e do LGBT. "A universidade dessa forma contribui no combate a homofobia e convida a Secretaria Municipal de Educação de Maceió a discutir uma educação inclusiva, que é direito de todos", enfatiza Marcelo Nascimento.


Durante os debates a comunidade acadêmica teve acesso a uma cartilha, desenvolvida pela Prefeitura de Maceió, com esclarecimentos sobre a lei 4.667, de 23 de novembro de 1997, que estabelece sanções às práticas discriminatórias a livre orientação sexual na forma em que menciona e dá outras providências. "É necessário que toda sociedade reconheça os instrumentos de luta para que se possam construir estratégias que sejam viáveis para o fim da discriminação", ressaltou Marcelo Nascimento, durante sua palestra.

A estudante de direito, Camila Falcão, falou que eventos desse tipo são de extrema importância por esclarecer e conscientizar a população com a temática da homofobia. "É necessário conscientizar as pessoas para que todos conheçam e possam usufruir dos seus direitos, visto que em Maceió temos uma lei que criminaliza a homofobia e no ano passado foi considerada a capital mais homofóbica do país", disse a estudante.


O seminário foi desenvolvido pelo Fórum de Pesquisa sobre Gênero, Saúde e Direitos Humanos, organizado pelo Mandacaru; e teve apoio do CNPq e da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep).

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