quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Educação e PNAIC 2014


Desafios e Expectativas na rede pública municipal

Os 30 professores-orientadores e os 750 professores alfabetizadores participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) estão se preparando para a retomada do processo de formação em 2014. Neste ano as atividades serão desenvolvidas pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Este é um ano de alterações importantes. Além da mudança de instituição, houve a inclusão de novos conteúdos a serem trabalhados durante a formação: a ênfase estará na Alfabetização Matemática, mantendo-se o reforço dos conceitos relativos à Língua Portuguesa vistos no período passado.

Aproximar a Universidade Federal local da realidade da educação básica de Maceió é um fator importante que gera bastante expectativa entre os professores do pacto, principalmente pelo medo infundado que a Matemática gera entre muitos profissionais, aliado a fragilidade dos estudos sobre a disciplina entre eles.


Estudos, trabalho e resultados

A técnica pedagógica do Departamento de Ensino Fundamental da Semed, Marigleide Jatobá Vieira de Oliveira, professora-coordenadora do polo Geruza Costa está ansiosa pela liberação do material e pelo inicio das atividades. Segundo ela, os professores alfabetizadores já estão colhendo os frutos dos trabalhos realizados no ano passado. Na última socialização uma professora relatou que sua turma atual está em um nível muito superior ao do ano passado, graças ao trabalho bem sucedido de outro colega.

Ainda de acordo com a técnica, apesar da vontade de individual do professor, faltava o apoio para a sistematização das atividades no cotidiano da escola. Com o pacto esta dificuldade está sendo sanada. Durante os encontros de formação no polo, do trabalho coletivo e das trocas de experiências, todos tem a possibilidade real de ver seu trabalho frutificar. “É estimulante perceber que a vontade se transformou em algo mais tangível. Criamos um clima de cumplicidade em 2013 que vai favorecer os resultados em 2014. Confiantes na parceria, os alfabetizadores se fortalecem e se sentem seguros para superar os desafios”, afirma Marigleide.


Parceria e monitoramento

Já para Ana Paula Santos Oliveira, professora-coordenadora do polo Rui Palmeira e coordenadora pedagógica da Escola Zilka de Oliveira, a parceria da gestão escolar é fundamental para o êxito do programa. Sua experiência atuando nas duas frentes a capacita a falar sobre as dificuldades e facilidades que o envolvimento de toda a escola no processo é capaz de gerar. Tanto a direção quanto a coordenação pedagógica das escolas precisam apoiar o professor-alfabetizador no desenvolvimento de seu trabalho para que haja um clima de cooperação de propicie o real aumento nos índices de aprendizado.

Segundo Ana, o programa precisa ser encarado como uma ferramenta da escola e não algo externo, imposto pelo MEC ou Semed, fora da dinâmica escolar de cada unidade. Para que isso não ocorra o acompanhamento é fundamental: contatos telefônicos e pela internet, encontros mensais, visitas às escolas. “Foi fundamental a questão do monitoramento, tanto com meus orientandos do polo Rui Palmeira quanto com as professoras que coordeno no Zilka de Oliveira, pois isso deu a segurança que necessitavam para poder efetivamente aplicar na escola todo o conteúdo apreendido nos encontros”, afirmou Ana.


O que é o Pacto

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) é um compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Em novembro de 2012, quando o programa foi lançado, ele teve a adesão de 5.270 dos 5.565 municípios do país e de todos os estados da federação, que receberão recursos para serem investidos, prioritariamente, na formação de professores e na aquisição de material pedagógico.

Adriana Cirqueira

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