Desafios e Expectativas na rede pública municipal
Os
30 professores-orientadores e os 750 professores alfabetizadores
participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
(PNAIC) da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed)
estão se preparando para a retomada do processo de formação em
2014. Neste ano as atividades serão desenvolvidas pela Universidade
Federal de Alagoas (Ufal).
Este
é um ano de alterações importantes. Além da mudança de
instituição, houve a inclusão de novos conteúdos a serem
trabalhados durante a formação: a ênfase estará na Alfabetização
Matemática, mantendo-se o reforço dos conceitos relativos à Língua
Portuguesa vistos no período passado.
Aproximar
a Universidade Federal local da realidade da educação básica de
Maceió é um fator importante que gera bastante expectativa entre os
professores do pacto, principalmente pelo medo infundado que a
Matemática gera entre muitos profissionais, aliado a fragilidade dos
estudos sobre a disciplina entre eles.
Estudos, trabalho e resultados
A
técnica pedagógica do Departamento de Ensino Fundamental da Semed,
Marigleide Jatobá Vieira de Oliveira, professora-coordenadora do
polo Geruza Costa está ansiosa pela liberação do material e pelo
inicio das atividades. Segundo ela, os professores alfabetizadores já
estão colhendo os frutos dos trabalhos realizados no ano passado. Na
última socialização uma professora relatou que sua turma atual
está em um nível muito superior ao do ano passado, graças ao
trabalho bem sucedido de outro colega.
Ainda
de acordo com a técnica, apesar da vontade de individual do
professor, faltava o apoio para a sistematização das atividades no
cotidiano da escola. Com o pacto esta dificuldade está sendo sanada.
Durante os encontros de formação no polo, do trabalho coletivo e
das trocas de experiências, todos tem a possibilidade real de ver
seu trabalho frutificar. “É estimulante perceber que a vontade se
transformou em algo mais tangível. Criamos um clima de cumplicidade
em 2013 que vai favorecer os resultados em 2014. Confiantes na
parceria, os alfabetizadores se fortalecem e se sentem seguros para
superar os desafios”, afirma Marigleide.
Parceria e monitoramento
Já
para Ana Paula Santos Oliveira, professora-coordenadora do polo Rui
Palmeira e coordenadora pedagógica da Escola Zilka de Oliveira, a
parceria da gestão escolar é fundamental para o êxito do programa.
Sua experiência atuando nas duas frentes a capacita a falar sobre as
dificuldades e facilidades que o envolvimento de toda a escola no
processo é capaz de gerar. Tanto a direção quanto a coordenação
pedagógica das escolas precisam apoiar o professor-alfabetizador no
desenvolvimento de seu trabalho para que haja um clima de cooperação
de propicie o real aumento nos índices de aprendizado.
Segundo
Ana, o programa precisa ser encarado como uma ferramenta da escola e
não algo externo, imposto pelo MEC ou Semed, fora da dinâmica
escolar de cada unidade. Para que isso não ocorra o acompanhamento é
fundamental: contatos telefônicos e pela internet, encontros
mensais, visitas às escolas. “Foi fundamental a questão do
monitoramento, tanto com meus orientandos do polo Rui Palmeira quanto
com as professoras que coordeno no Zilka de Oliveira, pois isso deu a
segurança que necessitavam para poder efetivamente aplicar na escola
todo o conteúdo apreendido nos encontros”, afirmou Ana.
O que é o Pacto
O
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) é um
compromisso formal assumido pelos governos federal, do Distrito
Federal, dos estados e municípios de assegurar que todas as crianças
estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final do 3º ano
do ensino fundamental.
Em
novembro de 2012, quando o programa foi lançado, ele teve a adesão
de 5.270 dos 5.565 municípios do país e de todos os estados da
federação, que receberão recursos para serem investidos,
prioritariamente, na formação de professores e na aquisição de
material pedagógico.
Adriana
Cirqueira
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