Texto: Delane Barros Foto: Janaina Farias
Alice Silva, aluna da escola Gerusa Costa fala o que aprendeu com a palestra sobre violência e drogas |
Mais de 400 alunos, do
1º ao 5º ano da escola Gerusa Costa, localizada no bairro do
Jacintinho, participaram da conclusão das atividades do Programa
Educacional de Resistência e Combate às Drogas e Violência
(Proerd), disponibilizado pela Polícia Militar (PM) junto às
escolas do município. Por mais de um mês, duas vezes por semana,
policiais treinados especialmente para a condução do programa
envolveram alunos da escola com atividades como apresentação de
palestras, realização de dinâmicas, exibição de vídeos e
atividades esportivas.
O objetivo do Proerd é
provocar as crianças para uma reflexão, com vistas a uma
conscientização de enfrentamento ao consumo de drogas e combate à
violência. De acordo com a coordenadora pedagógica da escola, Araci
Lins, desde o início do desenvolvimento do programa ficou visível a
mudança de comportamento dos pequenos alunos. “Todos os alunos
aprovaram, até mesmo os que resistiam, no início, acabaram
entendendo a importância e mudaram o comportamento. Hoje, vemos uma
conscientização na prática de combate aos casos de violência.
Antes, víamos certas brincadeiras que chegavam a machucar uns aos
outros e depois do programa, isso praticamente acabou”, relata ela.
A diretora da escola,
Maria de Jesus Leal, reforça a importância do programa junto à
unidade de ensino. Segundo ela, os alunos estão mais harmonizados no
contato entre si. “Todos os alunos aprovaram a iniciativa. Isso é
visível. Diante disso, temos também observado que as brincadeiras,
durante os intervalos, têm sido mais brandas, mais respeitosas”,
observa Jesus. A diretora acrescenta que a coordenação do Proerd
fará a formatura com os alunos da escola no próximo mês de agosto.
“E tenho certeza de que será um outro momento festivo”, acredita
Jesus.
Aluna do 5º ano, Alice
Silva, de 10 anos, descreve com destreza como reagir às possíveis
abordagens que venham a ser feitas contra ela. “Os professores do
programa mostraram que a gente deve evitar quando um desconhecido
chamar a gente com proposta de dinheiro, bebida ou doce, por
exemplo”, explica ela. A jovem estudante diz que também aprendeu a
desenvolver a caridade para com os outros. “Se a gente conhece
alguém com problema com o álcool ou até mesmo com a droga, é
necessário pedir ajuda para essa pessoa”, acrescenta.
Também aluno de outra
turma do 5º ano, José Márcio dos Santos Filho, aprova o programa.
“Tudo o que é tratado pelos instrutores é importante, não dá
nem pra dizer uma parte. Foi tudo muito positivo”, resume ele. O
Proerd é realizado em escolas que funcionam em áreas de
vulnerabilidade social, especialmente em bairros mais problemáticos,
como o Jacintinho, Benedito Bentes e Vergel, entre outros.
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