quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Educação Inclusiva: Escola Antonio Brandão é referência na região do Tabuleiro

Foto: Adriana Cirqueira


Na escola Antonio Brandão, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) atende 25 alunos. Segundo a responsável pelo atendimento, Gilda dos Santos, além da AEE, a maioria dos alunos também é acompanhada por outras instituições como Adefal, Pestalozzi, AAPPE e Escola de Cegos Cyro Accioly. São alunos com deficiências em vários níveis, mas todos participam juntos das atividades da escola – estão completamente integrados. “Não há segregação e o resultado é muito proveitoso. Alunos e professores num trabalho conjunto e o apoio da equipe da escola é fundamental”, explica Gilda.

A escola é referência em educação inclusiva na região do Tabuleiro do Martins. Para viabilizar o acesso aos deficientes motores e visuais, foi adaptada com rampas e barras de segurança. Como informou a diretora Edleuza Bezerra, serão destinados R$ 16 mil do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para a ampliação da acessibilidade. “Além de mais barras de segurança, vamos colocar placas com informações em braile. Ainda precisamos de muitas coisas, como, por exemplo, um pátio coberto, mas estamos avançando”, justifica.

Ivaneide Sales, professora do 4º ano, tem dois alunos com deficiência visual. Oriundos da Escola de Cegos Cyro Accioly, Jonathas da Silva, 11 anos, e Bruna Maria da Silva, 14 anos, estão completamente integrados ao resto da turma. Suas atividades são as mesmas dos colegas, com a diferença de serem traduzidas para o braile. Para Ivaneide, apesar das dificuldades, o trabalho vem evoluindo bastante: “As políticas públicas existem. Aqui na escola contamos com uma equipe engajada”, afirma.

Bruna e Jonathas têm a mesma opinião sobre a sala regular e a escola. Segundo eles, a melhor parte da inclusão é a oportunidade de fazer amigos. “Agora a gente tem amigo”, responderam em uníssono. Bruna explicou ainda: “antes”, eles conviviam com poucas crianças e todas com algum tipo de deficiência. “Eu sou amiga do Jonathas há mais de 7 anos, mas aqui a gente fez muitos outros amigos”, disse, sorrindo.

Na escola Lamenha Lins, são atendidos 13 alunos. A professora Suely Andrade, responsável pelo AEE nos dois turnos, disse não ter muitos problemas com assiduidade. “Fazemos reuniões constantes e os pais acompanham a evolução das crianças. Temos todo o material necessário e as professoras das salas regulares também estão empenhadas no processo”, afirma a professora. Suely participa da formação continuada e está cursando a pós-graduação a distância em AEE oferecida pela Semed, em parceria com a UFC.

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