quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Escola do Município monta primeiro grupo infantil de Dança Cigana

Foto: Semed



A Escola João XXIII montou o primeiro Grupo Infantil de Dança Cigana da rede municipal de ensino. Através do Projeto da Escola Aberta surgiu a oportunidade para conhecer e divulgar a cultura cigana através da dança. Segundo Araly Felix Batista, professora coordenadora do projeto, o grupo formado pela escola constitui pioneiro na medida em que não há conhecimento de outros dentro dessa faixa etária dentro do Estado de Alagoas.

Araly informou ainda, que o grupo fez sua primeira apresentação no dia 11 de janeiro, com apenas 10 ensaios, mas contou com o apoio de toda a escola, principalmente da diretora Salete Ribeiro Vilela. “Tivemos todo o respaldo da direção da escola. Do ambiente para os ensaios, até a compra de toda a indumentária e acessórios”, explicou a professora.

A Dança Cigana da Escola João XXIII é composta por oito meninas da comunidade, de 7 a 13 anos de idade. Destas, sete são alunas e ex-alunas da escola e uma estuda na rede particular. Sob a orientação da bailarina Eliane Ferro, que também é servidora do quadro da rede municipal, as pequenas dançarinas têm ensaios semanais.

Para Eliane Ferro, o ponto forte da dança cigana é a expressividade, tanto do próprio corpo quanto através dos elementos que a compõem, como leque, lenços, pandeiros, flores, entre outros. “A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol, entre outras”, explica a oficineira.



Funcionando há três meses na escola, o programa Escola Aberta visa estreitar as relações entre escola e comunidade e contribuir com a consolidação de uma cultura de paz. Além da dança cigana, o projeto oferece à comunidade, aos sábados nos dois turnos, oficinas de capoeira, decoração de sandálias, coco de roda e futsal.

Regina Bispo, coordenadora do Escola Aberta na rede municipal de ensino, informou que a implantação do programa na Escola João XXIII faz parte da ampliação do projeto que agora atinge 15 escolas da rede municipal. “Estamos em vários bairros e em regiões de vulnerabilidade social, envolvendo a escola com a comunidade. As pessoas nascidas no bairro se articulam com a equipe da escola fazendo o resgate da cultura popular”, explica Regina.

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