quarta-feira, 27 de julho de 2011

Educadores da Esc. Paulo Bandeira aprendem como distinguir o bullying de outras violências

Foto: Adriana Cirqueira


Quem nunca sofreu bullying? Essa pergunta fez os professores e funcionários da escola Paulo Bandeira, no Benedito Bentes, refletir e confirmar o que já se esperava, o sim. O assunto que envolve meninos e meninas principalmente em fase escolar, em grupo ou individual, sem motivação evidente causando intimidação por meio de agressão física, verbal, intencional e repetitiva foi tema de palestra, na tarde desta terça-feira(26) e tem como objetivo capacitar profissionais da educação para identificar os sinais de violência no ambiente escolar.


Para que a escola não seja palco de agressões físicas e verbais que desencadeiam o bullying, a diretora Avanir Rodrigues destacou que não deve ignorar esse tipo de comportamento na escola, por isso a capacitação dos profissionais para que todos possam neutralizar a má conduta, ajudar as vítimas e identificar a situação em que crianças e jovens possam passar por qualquer tipo de constrangimento, intimidação, discriminação ou preconceito que originem o bulliyng.


Durante a palestra a professora Cássia Cristina exemplificou uma situação em que a amiga de sua filha, estudante de uma escola particular era constantemente chamada por um apelido que a deixava muito triste e constrangida. Com isso, ela explica que sua filha passou a pesquisar e conhecer mais sobre o assunto. Segundo ela o bullying é um comportamento presente em muitas salas de aulas e cabe aos professores saber identificar essa situação. “É necessário ter um olhar especial para o agredido e para o agressor para que a situação não volte a se repetir” diz Cássia enfatizando a importância da assistência psicológica nas escolas publicas principalmente para esse tipo de episódio.


De acordo com a psicopedagoga, do Nucléo de Estudos da Diversidade(Nudise) da Semed, Giovanna Chaves, o agressor do bullying também sofre os prejuízos advindos dessa prática. "É preciso que a escola tenha um olhar diferenciado para ele, não adianta apenas punir, mas é nescessário acolher e tratar quem pratica o bulling",afirma Giovanna . Ainda segundo ela, de uma maneira ou de outra todo mundo já se deparou com alguma situação semelhante. “Um constrangimento, um apelido, uma humilhação” acentua. Ela explica que embora as pessoas tenham a liberdade de falar o que pensam não tem o direito de expor o cidadão ao constrangimento. “O bullying é desprovido de um problema a parte” ressalta a especialista, “não acontece nada que motive a agressão e a pessoa é agredida, é assim”. Explica. Desta forma a psicopedagoga salienta que o bulliyng é uma agressão, mas nem toda agressão é classificada como bullying.


Por esta razão, ressalta Giovanna, que muitos educadores não sabem distinguir o que é bullying de outros tipos de violência. Embora esse comportamento seja praticado em qualquer ambiente a exemplo da familiar, é no ambiente escolar que mais se repete. Pesquisas realizadas em 2009 dão conta de que 70% dos estudantes presenciaram agressões entre colegas dentro da sala de aula.


Dentre as diversas situações que constitui o bullying é no meio virtual que mais preocupa o motivo- as redes sociais. O cyberbullying como é conhecido agressão e humilhação na internet foge do controle pela dimensão da rede, em questão de segundos o vídeo é acessado recebendo incontáveis visualizações. “Qualquer um pode colocar na internet um vídeo comprometedor. Isso foge do controle. Nesse caso é preciso haver punição”, Afirma.


Ainda no mesmo dia, a formação deu continuidade na escola Paulo Bandeira com o tema orientação sexual para Estudantes da Educação de Jovens e Adultos(EJA). Na oportunidade a psicopedagoga respondeu as dúvidas e curiosidades mais freqüentes do publico.

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