Na manhã desta segunda-feira (04), a Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), iniciou a Semana da Inclusão de Maceió. A abertura do evento aconteceu na Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal) e contou com autoridades do Poder Judiciário, Ministério Público Federal (MPF), associações e diretores de escolas.
Na oportunidade, a secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, ressaltou que o momento é ímpar e capacita os profissionais para receber alunos com necessidades especiais.
“Estamos aqui pensando juntos como caminhar para trabalhar e vencer o desafio histórico de incluir as pessoas com necessidades especiais, que devem ter seus potenciais desenvolvidos como pessoas e profissionais. Em Maceió, estamos construindo uma política pública de educação já visando atender a esta demanda. Nós, inclusive, priorizamos a discussão da inclusão nas nossas orientações curriculares e distribuímos manuais para orientar os professores, um resultado da parceria com o PNUD”, salientou.
De acordo com a coordenadora da Educação Especial da Semed, Cláudia Valéria, o Município fechou o ano de 2017 com mais de 3 mil alunos com deficiência. “Agora o trabalho consiste na promoção de qualidade de permanência para que as crianças continuem estudando e acompanhem, cada uma em seu tempo, a questão pedagógica”, disse.
Cláudia lembrou ainda que o Município não possui mais escolas apenas para crianças com deficiência e que esta já é uma medida que faz parte da agenda inclusiva. Dando início às atividades da programação da Semana, a professora Márcia Pletsch (UFRRJ), especialista em estudos de Educação Especial, falou da importância da inclusão das pessoas com necessidades especiais na palestra ‘Educação Inclusiva: práticas curriculares e processos de escolarização do público-alvo na Educação Especial’.
De acordo com a especialista, além da obrigatoriedade da discussão sobre a temática, falar sobre inclusão trata-se de um projeto de uma sociedade mais justa e igualitária. “A discussão trata do direito da pessoa com necessidades especiais de ir à escola, participar, interagir e desenvolver-se. É fundamental que as redes se organizem e pensem seus projetos de educação inclusiva. A gente precisa agora caminhar pensando propostas de aprendizagem efetiva e, neste sentido, o evento desta semana tem muita coisa a contribuir”, afirmou.
Para a coordenadora do Programa Semed-PNUD, Rita Ipólito, a Semana da Inclusão de Maceió é um marco na luta pela capacitação dos profissionais da Educação do Município.
“Maceió busca ser referência no que diz respeito ao tratamento para as pessoas com deficiência no campo da educação de forma geral e o evento se constitui em uma alternativa real de transformação de políticas públicas nas escolas”, acrescentou.
O evento foi aberto ao público e recebeu pessoas que, mesmo não trabalhando com a questão da Educação Inclusiva, são diretamente afetadas pelas decisões acerca deste tema. A dona de casa Ana Lúcia de Oliveira, de 48 anos, é mãe de uma mulher surda e avó de uma criança com microcefalia. “Sempre briguei por intérpretes para que a minha filha pudesse ter acesso à educação como as outras crianças e hoje em dia luto pela minha neta, que também é especial. É uma luta constante e acredito que o encontro será de grande valia para a melhoria das políticas públicas”, afirmou.
Alexandre Barbosa (estagiário)/ Ascom Semed
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