Formar alunos conscientes sobre a importância da convivência com a diversidade cultural, racial e sexual. É o que pretende a Secretaria Municipal de Educação (Semed) nas escolas que integram a rede municipal. Nesta terça-feira (13), aconteceu o Seminário sobre o Plano Nacional da Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Ético-Raciais. O evento foi realizado no auditório Paulo Freire, na Semed, e reuniu professores e coordenadores.
O documento apresentado aponta os caminhos para se aprimorar e ampliar o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em sala de aula. A apresentação da proposta, resultado de debates e discussões em nível nacional, foi feita pela assessora técnica da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Verônica Maia.
Durante sua palestra Verônica destacou a importância do plano e os desafios para a sua implementação. Como exemplo citou que no Brasil, ainda hoje, há discriminação até quando a pessoa morta é de cor negra. O mesmo problema se identifica quando a Justiça aplica suas sentenças. “Muitas vezes o mesmo crime, quando praticado por um negro costuma ter a pena mais severa”, destacou Verônica.
Na Semed, a temática é articulada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Diversidade Étinico-Racial (Neder). O setor tem promovido encontros e gerido a formação continuada de professores. Segundo sua coordenadora, Rosário de Fátima, o próximo passo será fazer o plano vigorar dentro das escolas. “Acreditamos na perspectiva de que esse trabalho seja mais espalhado na rede com ações pedagógicas, para que no futuro os alunos possam respeitar as diferenças e as particularidades um do outro”, acredita Rosário.
A unidade que mais constrói a identidade da cultura africana em sala de aula é a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, no Conjunto Rosane Collor. Desde 1996 que os alunos participam de ações de valorização e afirmação das questões étnicas. “Somos a única escola onde até o aluno evangélico dança e se envolve com a cultura negra sem preconceito”, revelou a diretora da unidade Maria Edna Gonzaga.
Repercussão
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