quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dirigentes do Banco do Brasil entregam projeto cultural à Semed

Foto: Roberto Lopes

O secretário municipal de Educação, Thomaz Beltrão, recebeu a visita de dois dirigentes do Banco do Brasil em Alagoas, que fizeram a entrega da primeira remessa do kit de livros integrante da coleção Projeto Memória. Inicialmente, o banco recebeu 21 kits, mas o propósito é atender a todas as 132 escolas do município. O projeto é idealizado desde 1997 pela Fundação Banco do Brasil e enviado a cerca de 18 mil escolas públicas de todo o Brasil.

De acordo com o gerente geral da agência do Setor Público do Banco do Brasil, André Luiz Fernandes Mascarenhas, toda a produção recebe incentivo federal. Acompanhado da gerente de relacionamento da agência, Ariana Régia, ele entregou o kit intitulado “João Cândido – A Luta pelos Direitos Humanos”. Para o secretário Thomaz Beltrão, a obra representa mais um incentivo ao engrandecimento da escola pública, bem como a melhora da qualidade do ensino da capital.

O conjunto é composto por três almanaques históricos, três guias de orientação ao professor, um cartaz e um DVD com todas as peças que compõem o projeto e faz parte de uma exposição itinerante, que percorre cerca de 800 municípios de norte a sul do Brasil.

QUEM FOI

O marinheiro João Cândido Felisberto foi um dos líderes da Revolta da Chibata. Filho de ex-escravos, entrou para a Marinha aos 15 anos. Em 1910, junto com seus companheiros, se rebelou contra as injustiças da Marinha. Os marinheiros exigiam melhoria no soldo, alimentação digna e o fim da prática da chibata nos navios brasileiros.

O levante parou o Rio de Janeiro e a cidade ficou sob a mira de canhões dos mais modernos navios de guerra do mundo. O governo cedeu aos rebeldes e anistiou-os. Foi o fim da chibata na Marinha brasileira. No entanto, as autoridades mudaram de ideia e a anistia foi invalidada dias depois de concedida. João Cândido e seus companheiros foram perseguidos, presos e expulsos da corporação. Alguns líderes foram mortos. João Cândido morreu em dezembro de 1969 e deixou ao País um legado de luta pelos direitos humanos.

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