Música, poesia e homenagens marcaram o II Festival Alagoano das Palavras Pretas. O evento que aconteceu nesta segunda-feira (31), no teatro Abelardo Lopes, na Galeria Arte Center, na Pajuçara, contou com a participação de autoridades do nosso Estado, do ator Milton Gonçalves, de representantes da Secretária Municipal de Educação (Semed) e da Escola Municipal Paulo Bandeira, uma das homenageadas da noite.
O evento iniciou com a leitura de poesias, pelo ator alagoano Chico de Assis, posteriormente as cantoras Madalena Oliveira e Pauline Alencar encantaram o público com suas músicas, a platéia também participou declamando versos.
A segunda edição do evento homenageou representantes da sociedade que trabalham na discussão da temática diversidade racial, além de parceiro que contribuíram para realização do evento. Na ocasião, o grupo Pérolas Negras, da Comunidade de Remanescente Quilombola Pau D’Arco, de Arapiraca, fez a entrega dos troféus .
Uma das homenageadas foi à escola Paulo Bandeira, representada pela diretora Avani Rodrigues, que recebeu o troféu guerreiro quilombola pelos trabalhos desenvolvidos no ambiente escolar. “Todos os colaboradores e professores da escola estão articulados para trabalhar a diversidade. Estamos sempre participando de formação para melhor contribuir no aprendizado dos alunos”, afirma Avani.
O ensino de história e cultura afro-brasileiras e indígenas nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, oficiais e particulares se tornou obrigatório desde 9 de janeiro de 2003. A lei de nº 10.639, estabelece que a temática seja incluída no currículo oficial da rede de ensino.
“A escola Paulo Bandeira tem sido referência no município, sempre preocupada em trabalhar a temática com os professores e alunos, num fazer pedagógico que despertar para consciência das nossas raízes”, afirma Rosário de Fátima, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Diversidade Étnico/ Racial (NEDER).
Para Maria Clara, diretora geral de ensino da Semed, o aluno precisa conhecer sua identidade e todo seu processo histórico. Ela enfatiza ainda, “vivenciar a temática não é somente um conteúdo mais a sua aplicação na prática”.
Um comentário:
É um orgulho ter minha mãe(Madalena Oliveira) citada na reportagem, uma mulher forte, prefessora aposentada sempre ativa em prol da nossa cultura.Como Assistente social desta Secretaria resalto a importancia destes eventos e a participação da SEMED.
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