Texto: Delane Barros
Foto: Mauro Fabiani
Regina Célia Silva, Marluce Leite e o professor Adeilson da Silva Alves que ministra as aulas |
Garantir a inclusão e a
possibilidade de ser compreendido em sua 1ª língua. Com esse
objetivo, o departamento de Educação Especial da secretaria
municipal de Educação (Semed) realiza o curso de formação para
professores e técnicos voltado ao atendimento a alunos com surdez, no ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O
evento, que começou nesta quarta-feira (6), se estende até
dezembro, dividido nas modalidades básico I e II e avançado. Cada uma das
etapas tem carga de 60 horas e está sendo oferecido a uma turma de
30 profissionais.
De acordo com Keila
Francine Fragoso, do departamento de Educação Especial da Semed, o
evento acontece em parceria com o Centro de Capacitação de
Profissionais da Educação e de Atendimento as Pessoas com Surdez
(CAS), do governo estadual. “A língua brasileira de sinais é a
primeira língua da pessoa com surdo. Somente quando ele começa a escrever é
que passa a praticar a língua portuguesa e é importante que esse
aluno seja perfeitamente compreendido naquilo que ele se expressa”,
avalia Keila. “Assim, estamos cumprindo nosso papel inclusivo”,
acrescenta ela.
O professor que ministra as
aulas é graduado em letras/Libras e tem surdez. Adeilson da Silva Alves justifica sua condição
como sendo essencial para que professores possam se habituar na
prática da linguagem de sinais. “Como toda língua, o ideal é
aprender com o nativo. Além disso, como não existe a fala, o aluno
deve se manter atento para compreender através da linguagem gestual
e do olhar”, indica. Uma das professoras que participa do curso,
Regina Célia Silva, ressalta a importância da capacitaçãopara o
ensino de Libras. “Eu já falo a língua de sinais, mas como o
inglês, por exemplo, se não exercitarmos, nos esquecemos”,
considera.
O curso também conta com o
apoio de suas facilitadoras. Andressa Pedrosa e Marluce Leite
interferem nos momentos de dúvidas apresentadas pelos professores e
técnicos inscritos na formação continuada. Apesar disso, elas
evitam ao máximo tais interferências, para garantir o maior índice
de compreensão na língua de sinais.
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