quinta-feira, 18 de março de 2010

Semed apresenta proposta de reorientação curricular do Ensino Fundamental Noturno

Foto: João Filho

Técnicos da Secretaria Municipal de Educação elaboraram um projeto piloto que prevê uma releitura do Ensino Fundamental Noturno. A perspectiva é de que seis escolas municipais possam servir de base para implantação do projeto. Essa possibilidade que permite implantar uma reorientação pedagógica que atenda às necessidades do público noturno foi apresentada nesta quarta-feira, 17, na Semed, a coordenadores, diretores, professores e profissionais da educação envolvidos com esse alunado.


A proposta curricular preliminar tem como objetivo repensar o ensino noturno do 6º ao 9º ano que vem sendo oferecido pela rede municipal de educação, inicialmente, será implantada nas Escolas Municipais: Luiza Suruagy, Jaime Miranda,Orlando Araújo e por fim na escola Zumbi dos Palmares.


O projeto vem sendo desenvolvido desde 2007 por um grupo de técnicos pedagógicos do ensino fundamental da Semed, e de acordo com o pedagogo e professor formador, Paulo Roberto de Souza, a meta neste momento é implementá-lo, ainda este ano, nessas escolas. “Sabemos das dificuldades do ensino noturno. Constatamos que o ensino fundamental noturno não funciona e, por isso, o projeto foi devolvido, para melhorar a educação e oferecer ao educando, especialmente, do período noturno um ensino de qualidade, que satisfaça suas necessidades”, garante Paulo Roberto.


A proposta pedagógica do projeto


Entre outras sugestões o projeto piloto aposta numa carga horária de 600 horas presenciais de efetivo trabalho em horário letivo e de 240 horas flexibilizadas. O projeto se apóia, ainda, em princípios norteadores que formam a base de sustentação da proposta. A exemplo, da identidade do aluno. Conhece-lo e ouvi-lo, segundo os educadores é essencial. Outro princípio se refere à questão do planejamento coletivo, incluindo ainda a questão do letramento, interdisciplinaridade, flexibilização de tempo e espaço e finalizando formação continuada para professores e demais profissionais que fazem parte do ensino noturno.


A pedagoga e membro do projeto, Adriana Rocelle informa que o processo de construção da proposta de reorientação curricular do ensino fundamental noturno foi fruto de uma produção coletiva, de reuniões, e diálogos com educadores e que ainda esta em fase de amadurecimento. “Tem caráter de construção”, afirma, dizendo que a proposta curricular do ensino fundamental noturno existe, porém deve ser repensada. “Precisamos dessa reflexão”, finaliza.


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