Abrindo o ciclo de palestra sobre “Homofobia, Conceitos, Estereótipos e Direitos Humanos”, o Secretário Adjunto de Educação, Marcelo Nascimento, fez uma breve explanação acerca da diversidade sexual numa visão política e social.
A palestra que aconteceu, nesta segunda feira, 08, no Conselho de Regional de Psicologia (CRP 15ª) destacou fatores como preconceitos, violência, discriminação e direitos políticos dos homossexuais. Como foi aberto para profissionais de todas as áreas, o evento contou com a presença de especialistas e psicólogos, além de profissionais da área de saúde.
A apresentação teve inicio com a exibição de um vídeo que propôs a reflexão sobre o tema de uma forma saudável. Na oportunidade, foi exibido dados de uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para Educação a Ciência e a Cultura ( UNESCO) que reflete o preconceito e a discriminação nas escolas sobre homofobia. A pesquisa foi realizada em escolas publicas e inclui as escolas de Maceió.
Dados dão conta de que 39,6 % dos estudantes não gostariam de ter homossexuais como colegas de sala. Já 39,2% dos pais não gostam que os filhos estudem com colegas homossexuais. A pesquisa também revela que 59,5 % dos professores não têm conhecimento para abordar o tema na escola.
Para Nascimento, o preconceito a população Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais, (LGBT) tem raízes culturais. De acordo com ele, esse sentimento foi construído ao longo do tempo. Ele também explica que por meio do programa federal “Brasil Sem Homofobia” vários professores da rede municipal de educação estão sendo capacitados para tratar a diversidade em sala de aula de forma transversal. O programa, segundo ele, prevê ações no sentindo de qualificar os docentes na abordagem da diversidade sexual.
“A intenção é implantar o debate e orientações a respeito da diversidade sexual entre estudantes do ensino fundamental e médio”, diz, completando que o Ministério da Educação (MEC) está revisando todas as publicações que aborde a homossexualidade de forma pejorativa.
Ele reforça que a proposta do MEC é passar uma mensagem sadia sobre orientações sexuais aos estudantes. “A diversidade sexual não é uma disciplina, mas é tratada em sala de aula em todas as matérias”, afirma, ressaltando ainda que, “Os professores do município estão sendo capacitados para uma abordagem transversal de orientação sexual”, diz.
Outra conquista da população LGBT, diz respeito à inclusão de nomes de travestis e homossexuais nos registros escolares. O secretário adjunto salienta que, a iniciativa é do Conselho Estadual de Educação que aprovou a deliberação. Para as escolas municipais, o secretario adjunto explica que, a Secretaria Municipal de Educação está estudando, ainda, a forma de orientar os professores nesse processo.
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