Foto: Adriana Cirqueira
O
Fórum Alagoano em Defesa da Educação Infantil (Fadedi-AL)
realizou, nesta quinta-feira (26), no auditório Paulo Freire, na
Secretaria Municipal de Educação, uma reunião com representantes
das escolas da rede municipal para discutir a implantação da lei
federal n.º 11.769/08, que tornou o ensino de música obrigatório
na Educação Básica, que engloba Educação Infantil e o Ensino
Fundamental.
O
Ministério da Educação e Cultura recomenda que, além das noções
básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de
instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças
e sons de instrumentos regionais e folclóricos para, assim, conhecer
a diversidade cultural do Brasil.
Pela
lei, a música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não
exclusivo, do componente curricular. Para a coordenadora estadual da
União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, Edna Lopes a
ideia da reunião é desenvolver reflexões sobre os desafios de
implantação da música nos conteúdos curriculares da escola
estabelecendo um debate sobre a lei e qual o seu formato. “Nas
escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina
exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte”, afirma.
O
debate incluiu ainda, uma discussão de oportunidades de reflexão
conjunta sobre a importância da música na formação das pessoas e
nas suas possibilidades diversas dentro da escola. Neste sentido, a
professora da Ufal, Telma Vitória, explicou que o objetivo não é
formar músicos, mas desenvolver a criatividade e a integração dos
alunos. “Essa inserção da música precisa ser debatida levando em
consideração que na Educação Infantil e nas séries iniciais as
crianças só possuem um professor e esse professor precisa esta
preparado para desenvolver projetos integrados”, disse.
A
reunião foi aberta com a apresentação cultural do coral do
Sinteal. Em, seguida, o maestro da Ufal, José Alípio Martins e o
professor de música da Ufal, Marcos Moreira, realizaram uma palestra
que teve como tema: “A Música nas Escolas – a obrigatoriedade, a
necessidade e o desafio da implementação da lei n.º 11.769/08. Ao
final foi realizado um debate sobre o assunto entre os participantes.
O
comitê gestor do Fórum Alagoano em Defesa da Educação Infantil é
composto pela Secretaria Municipal de Educação (Semed),
Universidade Federal de Alagoas (Ufal), União Nacional dos Conselhos
Municipais de Educação, Sindicato dos Trabalhadores em Educação
do Estado de Alagoas (Sinteal) e Secretaria Estadual de Educação
(SEE).
Semed
irá capacitar professores para atuarem com música nas escolas
A
Secretaria Municipal de Educação (Semed) já realiza trabalho com
música em algumas escolas da rede municipal de ensino. De acordo com
o coordenador de Arte e Cultura, José Madltton Vitor da Silva,
vários projetos neste sentido, já são desenvolvidos na rede.
Entre
os projetos citados pelo coordenador, destaca-se o Projeto Violinos
Mágicos, desenvolvido na Escola Nosso Lar I; Projeto Canto Coral em
Flauta Doce, na Escola João XXIII; Projeto Rap na Escola, na Escola
Corintho Campelo; Projeto Nosso Sopro, na Escola Walter Pitombo
Laranjeira e o Projeto Canto Coral na Escola, para Educação de
Jovens e Adultos e ensino fundamental.
José
Vitor da Silva disse ainda, que o departamento vem desenvolvendo um
projeto com violino na escola municipal Manoel Pedro e que a
expectativa é que a lei federal n.º 11.769/08, que tornou o ensino
de música obrigatório na Educação Básica seja cumprida
integralmente nos próximos meses.
“Já
estamos com a proposta de iniciar uma formação pedagógica, na área
de música, para os professores da rede, que fazem parte das séries
iniciais. Eles serão capacitados por uma equipe de professores da
Semed, que possuem licenciamento em música, pela Universidade
Federal de Alagoas’, explica José Vitor.
Quanto
à iniciativa da Secretaria Municipal de Educação de promover
capacitação para os professores, José Vitor ressalta que isso vai
acontecer de forma planejada na grade curricular. Nos próximos
meses, a Secretaria Municipal de Educação estará realizando fóruns
e assembleias públicas para discutir a regulamentação da lei e a
instrumentação de toda rede.
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