sexta-feira, 12 de abril de 2013

Equipe da Semed conhece aplicativo Hugo para inclusão de surdos

Texto: João Filho
Fotos: Mauro Fabiani
Ronaldo Tenório, um dos idealizadores
do programa
“Mãos que Falam”

O programa “Mãos que Falam”, idealizado por três alagoanos, ganhador do prêmio internacional na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, foi apresentado nesta quinta-feira, 11, em reunião promovida pelo departamento de Educação Especial da secretaria municipal de Educação, na sala de formação Paulo Freire na Semed - Cambona. O aplicativo possibilita a inclusão de deficientes auditivos e funciona como interface para traduzir conteúdos digitais para a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).

De acordo com Ronaldo Tenório, um dos inventores do programa, Hugo – nome dado ao personagem tradutor do aplicativo – será de grande importância para os alunos surdos. Ele destacou que o programa tem três funções: conversão de áudio para Libras; de texto, para a linguagem especial; e a conversão de fotografias com textos. “O aplicativo capta o som de uma fala e converte automativamente, o que possibilita a utilização em diálogo entre ouvintes e surdos, permite entender textos de sites sendo possível, também, fotografar algo que contenha texto e o aplicativo converte automaticamente o conteúdo da revista, jornal, livro, placas de sinalização para Libras”, explica o jovem inventor alagoano.

 No encontro, Ronaldo Tenório fez questão de esclarecer que o aplicativo não tem o objetivo de substituir o intérprete de Libras na sala de aula. “O programa visa auxiliar na comunicação entre o aluno e o professor durante o processo de ensino-aprendizagem”, explicou ele.

Para a técnica do departamento de Educação Especial da Semed, Marluce Leite, o aplicativo “Hugo” será um aliado no trabalho de facilitação na comunicação do aluno surdo não só na escola, mas sobretudo na família. “O aluno terá acesso livre ao mundo do conhecimento, traduzindo as informações, facilitando o acesso aos conteúdos dos livros, revistas e tudo aquilo que circule nos meios de comunicação”, avalia Marluce.

A diretora do departamento, Keila Fragoso se disse “encantada” com o programa. “É um sonho que pode se transformar em realidade para nossos alunos da rede municipal. Os alunos surdos dependem exclusivamente da Língua Brasileira de Sinais para se comunicar e esse aplicativo dará a eles mais independência”, considerou ela.

No momento, a diretora-geral de Ensino da Semed, Sônia Moraes, designou o setor de Educação Especial para fazer a articulação com os jovens idealizadores para, a partir daí, possibilitar a utilização do serviço pelos alunos especiais atendidos pela rede municipal de ensino da capital. “Vamos trabalhar para elaborar um projeto-piloto para ateder nossos alunos. A educação pública tem o objetivo de proporcionar a inclusão social e esse aplicativo também tem esse objetivo, por isso, não poderíamos deixar de incentivar”, encerrou.

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