segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Educação e Pnud apresentam resultados de georreferenciamento


A secretária de Educação, Ana Dayse Dorea,
ao lado da coordenadora geral do projeto Semed/ Pnud, Rita Ippolito
durante mesa de abertura da apresentação dos resultados da pesquisa.
Os diretores das escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) receberam, na manhã desta segunda-feira (03), no auditório da Universidade Tiradentes (Unit), em Cruz das Almas, os mapas resultantes do trabalho de georreferenciamento executado pela pasta, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O trabalho tem o objetivo de oferecer o espaço escolar como um ambiente integrador para a comunidade.
O arquiteto nigeriano radicado no Brasil há mais de 30 anos, doutor em ciências, e mestre em desenvolvimento e meio ambiente, Ajíbola Isau Badiru, consultor do Pnud, coordenou a pesquisa, executada desde o ano passado. “O trabalho foi conduzido de forma a oferecer uma visão integradora da escola com a comunidade e a sociedade. Estamos falando de uma produção humana de desenvolvimento endógeno e representa um autoconhecimento escolar”, explica Badiru.
O trabalho, segundo o pesquisador, permite conhecer as razões pelas quais cada escola sofre influência em seus mais diversos aspectos, desde a localização e identidade. “Evidenciamos a escola como agência espacial se referindo mesmo a uma nave, que tem um comandante e toda uma equipe lá dentro trabalhando. É nessa concepção inovadora e avançada que acreditamos que podemos trazer à tona a cultura como palco a ser efetivado nos ambientes de ensino”, finaliza o doutor.
Técnicos e diretores das escolas localizadas nas regiões 1, 2, 3,5 e 8.A secretária municipal de Educação, Ana Dayse Dorea, reforçou que o resultado apresentado permitirá um melhor conhecimento da realidade de cada unidade de ensino da rede. Ela recordou que, antes de encerrar seu mandato de reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), realizou trabalho idêntico na instituição e o resultado foi surpreendente. “Esse é um trabalho que traça um raio-x de tudo na escola. É a colheita dos resultados daquilo que foi plantado bem antes; no nosso caso, que começou há seis anos, no início dessa gestão do município”, explicou.
A coordenadora geral do projeto Semed/PNUD, Rita Ippolito, destacou que foi a primeira oportunidade em que todas as escolas da rede de ensino da capital foram visitadas com o objetivo único. “Os diretores das escolas receberam os mapas e toda a metodologia da pesquisa. Foi possível conversar com todo o pessoal das unidades de ensino e percebemos que as pessoas passaram a se mobilizar em favor de uma escola pública de qualidade”, ressaltou Rita.
Diretores falando um pouco sobre a experiência da pesquisa
No trabalho de consulta à comunidade escolar, foram distribuídos questionários com 40 perguntas para estudantes – público que mais apresentou retorno aos pesquisadores –, diretores, funcionários e pais. Mais de 3.500 desses documentos foram devolvidos com respostas e sugestões e também foram feitas entrevistas com os gestores da Semed, até se chegar à finalização das intervenções. A própria Semed disponibilizou uma equipe de técnicos, que constatou um resultado bastante propositivo, inclusive com agradecimento de mães de alunos.
O arquiteto e urbanista Manoel Messias fez uma explanação de características gerais das escolas, desde a topográfica do acesso até o próprio prédio que abriga a escola. “Itens que outros não observam como acústica e temperatura, foram observados e constam no relatório final. São elementos físicos que atuam em favor das pessoas com o ambiente”, finalizou Messias.

Delane Barros/ Ascom Semed

Nenhum comentário: