Uma das cenas mais comuns na Escola de Ensino Fundamental Professor Corintho Campelo da Paz, situada no Eustáquio Gomes, parte alta da cidade, é a de crianças sentadas o mais próximo possível do quadro para anotar as tarefas passadas pela professora. Isso acontece porque elas passam por uma situação comum a cerca de 30% das crianças em idade escolar no país: problemas na visão.
Com o objetivo de facilitar o acesso dos alunos das escolas públicas de Maceió ao atendimento oftalmológico que possibilite a identificação e correção desses problemas, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Promoção e Educação em Saúde (COPES), promove – em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e e secretarias municipal e estadual de Educação – um mutirão de saúde ocular na próxima sexta-feira (04), mobilizando 32 unidades educacionais vinculadas ao Programa Saúde na Escola, localizadas no 7º Distrito Sanitário da Capital.
“A ação será realizada com a finalidade de reduzir os índices de repetência e evasão escolar que resultam da dificuldade no aprendizado que essas crianças enfrentam por conta de problemas visuais não diagnosticados, limitando seu processo educativo e, mais tarde, sua qualidade de vida”, explica a coordenadora da COPES, Rosivânia Nascimento.
Parte integrante do Projeto Olhar Brasil, do governo federal, a ação de saúde ocular foi iniciada nesta terça-feira (1º), com a triagem dos estudantes nas próprias escolas participantes, que reúnem cerca de 32 mil alunos do 1º ao 5º ano. A meta inicial é disponibilizar 1.500 consultas no dia do mutirão, que acontece a partir das 9h, na Escola de Ensino Fundamental Dr. Haroldo da Costa, situada no Salvador Lyra. Além da consulta especializada, os alunos terão acesso a exames complementares e, caso necessário, receberão óculos doados pela saúde municipal.
Na Escola Corintho Campelo da Paz, a triagem foi feita com 22 turmas. Um a um, os alunos tiveram sua avaliação feita pelos professores, que aplicaram a escala optométrica para detectar a acuidade visual de cada um, a uma distância de 5 metros, observando o quanto a visão poderia alcançar no reconhecimento das letras colocadas na escala e qual visão estaria prejudicada – a direita, a esquerda ou as duas.
Para a coordenadora pedagógica da escola, Rosiele Costa, a iniciativa é muito importante e vai influenciar diretamente no aprendizado dos alunos.
“Temos muitas crianças que relatam dificuldades para enxergar o que a professora escreve no quadro, mesmo sentadas na quarta ou quinta fileira, por isso, sentam o mais próximo possível. Apesar disso, a maioria dos alunos não tem acesso a consulta com oftalmologista e quando eles têm, não conseguem resolver o problema, porque não podem comprar o óculos. Agora eles poderão superar esse obstáculo e melhorar seu aprendizado”, afirma a coordenadora.
Foto Ascom SMS
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