quarta-feira, 26 de abril de 2017

Projetos de Vida do Mais Educação chega ao Jacintinho



Ter entre 15 e 17 anos e estar fora da escola ou em defasagem idade/ano de escolaridade é a situação de quase a metade da população de jovens brasileiros nessa faixa etária. Atenta a essa realidade, a Coordenadoria Geral de Programas Suplementares da Secretaria Municipal de Educação (Semed) promoveu, na manhã desta quarta-feira (26), uma reunião com os professores da Escola Arnon de Mello, localizada no Conjunto José da Silva Peixoto, no bairro do Jacintinho.

O encontro teve como objetivo apresentar ações para atender os 90 jovens da unidade de ensino que se encontram em defasagem idade/ano. “Nossa meta é elaborar propostas que propiciem a construção de projetos de vida, por meio de trabalhos integrados entre diferentes áreas de conhecimento, tendo com objetivo principal desenvolver a Autoria, Criação, Protagonismo e Autonomia dos alunos”, enfatizou Edleuza Maciel, coordenadora de Programas Suplementares da Semed.
Edleuza disse também que o Projetos de Vida é uma ação estruturada integrante do Programa Mais Educação do Ministério da Educação (MEC). “Essa iniciativa, fruto do projeto piloto bem sucedido nas Escolas municipais Jaime Miranda e Zumbi dos Palmares, realizadas nos anos de 2015 e 2016, vai atender este ano as Escolas Arnon de Melo, Antídio Vieira e Pio X no bairro do Trapiche”, afirmou.
“A Secretaria já estuda a possibilidade de fazer esse atendimento em duas escolas-polo com, no mínimo duas salas com jovens do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, fazer a lotação de professores efetivos com carga horária de 40 horas, definir áreas prioritárias e caminhos de organização didático-pedagógica-curricular a partir do diagnóstico de conhecimentos/necessidades dos alunos para, assim, atender melhor esse universo de jovens”, concluiu a coordenadora.
Durante a reunião os professores destacaram a falta de interesse dos jovens durante as aulas. A professora dos 7º e 9º anos, Fátima Pereira, disse que muitos alunos chegam a escola desinteressados e principalmente sem os conhecimentos básicos de leitura e operações matemática. “Os pais precisam acompanhar mais seus filhos para que possamos avançar no ensino”, disse ela destacando os problemas familiares.
Juliana Oliveira, assistente social presente à reunião, concordou afirmando que a motivação precisa também vir de casa. “Nosso papel enquanto assistente social é verificar junto às famílias as situações individuais e adversas para que a escola possa atender melhor esses alunos”, reforçou.
No final da reunião ficou acordada a formação de três turmas de 30 alunos que serão atendidos com atividades diferenciadas e específicas para jovens de 15 a 17 anos retidos no Ensino Fundamental, tendo em vista a regularização do seu fluxo escolar.
João de Oliveira/ Ascom Semed

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