sexta-feira, 6 de abril de 2018

Professores discutem formas de tratar e lidar com casos de autismo



A rede municipal de ensino da capital tem identificado um número alto e cada vez mais crescente de casos de autismo junto aos alunos das escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Para discutir o tema, buscar orientar professores das salas de recurso das escolas municipais e discutir os diferentes níveis da condição médica, a coordenação de Educação Especial reservou esta sexta-feira (6) para reunir os profissionais no auditório Paulo Freire, na sede da Semed, na Cambona.
A coordenadora do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) infantojuvenil e do Centro Estadual de Educação Especial Vandete Castro, Mariana Assunção, proferiu palestra com o tema autismo para os profissionais da Semed e instituições conveniadas junto à secretaria. “O trabalho com o autista e o seu tratamento se baseia nas probabilidades e depende de cada caso”, explicou Mariana. “É preciso cuidado para evitar os rótulos”, acrescentou ela, diante de professores de salas de recursos da Semed e das instituições Associação dos Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE); FamDawn; Fundação Casa do Especial (Funcae) e Sociedade Pestalozzi.
Durante a programação, a mãe de um aluno, a qual precisa da identidade preservada, fez um relato do progresso identificado no filho, atualmente com 15 anos e aluno da rede municipal de ensino desde os 6. Segundo ela, a orientação e o apoio dos profissionais em sala de aula da Semed foram essenciais para o amadurecimento do garoto.
A coordenadora da formação, Maria do Socorro Tenório, explicou que o número de casos de autismo aumentou muito na rede de ensino da capital. Apenas para se ter uma ideia, ela cita uma escola na qual há oito casos. “O que representa um grande desafio”, explica ela. “Nossa preocupação é que cada um deles precisa de uma série de cuidados, assim como a família”, acrescenta Keila Francini, também coordenadora da formação, acrescentando que o objetivo do encontro durante toda a sexta-feira é que os conhecimentos e informações passadas durante a palestra sejam aplicados em sala de aula.
O transtorno de autismo afeta o sistema nervoso. O alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente. Os sintomas mais comuns incluem dificuldade de comunicação e interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos, entre outros. O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais, educacionais e familiares podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.
Delane Barros – Ascom Semed

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