Escola Paulo Bandeira quer implantação do cardápio democrático

Cardápio democrático para atender a todos os alunos. Essa é a nova batalha da direção da escola Paulo Bandeira, que diagnosticou a presença de vários estudantes matriculados naquela unidade de ensino que são hipertensos e diabéticos mas permanecem consumindo alimentos que não lhes são indicados. De acordo com a diretora da escola, Avani Rodrigues, o processo começou com a análise dos princípios do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o qual preconiza que todos os estudantes tenham acesso à merenda, respeitando patologias e doenças que os alunos apresentem.

Diante da análise do documento do Pnae, Avani explica que solicitou ao setor de nutrição da secretaria municipal de Educação (Semed) o fornecimento de alimentos adequados para atender a esses estudantes que apresentam casos como os de diabetes e hipertensão. “Algumas vezes, servimos cuscuz, um alimento que não é indicado para quem sofre com a pressão alta. Então, a minha batalha é podermos fornecer um alimento adequado para esse aluno”, explica a diretora da escola Paulo Bandeira.

A maioria dos alunos diagnosticados com os problemas de saúde está matriculada na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “O primeiro passo para a implantação do cardápio democrático é o fornecimento de adoçante, enquanto a equipe de nutricionistas da Semed faz a adaptação da merenda”, acrescenta Avani Rodrigues. Segundo ela, o Pnae realizou uma formação à distância sobre o tema e houve a participação de várias merendeiras, ou seja, aquelas que manipulam os alimentos já têm conhecimento das orientações do governo federal, através do Ministério da Educação (MEC) quanto à oferta de alimentação que contemple a todos.

A análise dos termos do Pnae, conforme avaliação da diretora Avani Rodrigues, demonstra que há vários pontos que não são implantados para promover a igualdade no tratamento, pelo menos no aspecto alimentar, para os alunos. “Para isso, seria fundamental uma parceria entre a Semed e as escolas”, defende Avani.