Aconteceu, na manhã desta quinta-feira (03), no Hotel Radisson, a II Oficina Técnica Sobre Analfabetismo em Maceió. O objetivo do encontro foi compartilhar com os técnicos do Departamento de Educação de Jovens e Adultos – DEJA e parceiros, os resultados finais da pesquisa sobre o analfabetismo na capital.
Com os resultados, o próximo passo será fornecer subsídios para que, em 2024, Maceió alcance a meta de erradicação do analfabetismo absoluto entre jovens, adultos e idosos. A iniciativa é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação – Semed com IPC/PNUD/FAEJA/UFAL/COMED.
A secretária de Educação, Ana Dayse Dorea, destacou a importância da pesquisa para refletir sobre os resultados e traçar um planejamento que acabe com o analfabetismo no município: “Precisávamos ter fundamentos de pesquisas para poder tratar a questão do analfabetismo. Com base nesses dados, poderemos trabalhar de maneira dirigida”, destacou.
O perfil do analfabetismo foi traçado a partir do senso de 2010 e, posteriormente, concluído com uma análise política de analfabetismo de jovens e adultos em Maceió. Em agosto de 2015 foi realizada a primeira oficina com base no relatório dos resultados preliminares da primeira pesquisa.
O perfil do analfabetismo foi traçado a partir do senso de 2010 e, posteriormente, concluído com uma análise política de analfabetismo de jovens e adultos em Maceió. Em agosto de 2015 foi realizada a primeira oficina com base no relatório dos resultados preliminares da primeira pesquisa.
Seminário Sobre Analfabetismo Semed Foto:Marco Antônio/Secom Maceió |
Em tom firme, Ana Dayse reafirmou o compromisso da Semed em cuidar da educação em Maceió e convidou os técnicos e parceiros da Secretaria para encarar mais esse desafio da educação pública: “Nosso desafio é enorme. Hoje, temos 82 mil pessoas analfabetas em Maceió. Temos que sair desse encontro com foco no que precisamos fazer”, complementou.
Na ocasião, foram apresentadas as dificuldades que envolvem a problemática do analfabetismo em Maceió e, sobretudo, quais políticas públicas poderiam ser adotadas para a educação de jovens e adultos. No final do ano passado, o IPC esteve por uma semana na Semed levantando dados junto ao DEJA que contribuíram com essa última fase da pesquisa.
De acordo com Rafael Osório, representante do IPC e coordenador da pesquisa, não basta alfabetizar, é preciso estimular os alunos do EJA para concluir também os anos finais: “A partir da individualização do perfil dos estudantes será possível definir um plano para atrair e garantir a frequência destas pessoas na sala de aula”, afirmou.
Dados da pesquisa apontam para uma masculinização do analfabetismo. Dos casos encontrados, 33% estão na construção civil e 24% em serviços automotivos. Com as mulheres, a maioria possui filhos ou netos sob sua responsabilidade, o que interfere na ida à escola.
“Há uma estagnação na taxa de analfabetismo, no contexto nacional. O mesmo acontece na demanda e no investimento. A boa notícia é que a rede municipal tem conseguido alfabetizar, apesar desse contexto”, informou o representante do IPC.
Os resultados da pesquisa vieram em boa hora, já que 2016 está sendo considerado pela Semed o ano da Educação de Jovens e Adultos. Atualmente, a Secretaria trabalha com três frentes de combate ao analfabetismo: Programa Brasil Alfabetizado (PBA), Alfabetização de Jovens e Adultos (AJA) e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Apesar das dificuldades enfrentadas, a promessa é atrair cada vez mais alunos e, com isso, minimizar as taxas de analfabetismo na capital.
Thiago Guimarães/Ascom Semed
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